NUVEM

Inter: aplicativo com AWS e IBM 2582d

Banco brasileiro saltou de 100 mil para mais de 20 milhões de clientes desde o início da migração. 402x5f

09 de dezembro de 2022 - 10:33
Guilherme Ximenes de Almeida, CTO do Inter (ao centro), apresentou case no palco do re:Invent. Foto: reprodução.

Guilherme Ximenes de Almeida, CTO do Inter (ao centro), apresentou case no palco do re:Invent. Foto: reprodução.

O Inter, que não usa mais o prefixo “banco”, saltou de 100 mil para mais de 20 milhões de clientes nos últimos cinco anos, desde que começou a migração de seus servidores e aplicações para os serviços em nuvem da Amazon Web Services (AWS).

O banco digital foi um dos clientes brasileiros com maior destaque no AWS re:Invent, mega evento que aconteceu na última semana em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Guilherme Ximenes de Almeida, CTO do Inter, falou sobre a experiência com a empresa de computação em nuvem, e também com a IBM, em um bate-papo no palco da keynote Ruba Borno, vice-presidente global de canais e alianças da AWS.

Segundo o executivo, o objetivo inicial era oferecer todos os serviços da instituição em um único aplicativo. Entre eles, estão banco, investimentos, empréstimos, shopping virtual, seguro, transações cross border, entre outros.

“Na perspectiva de um CTO, eu estava confiante de que a metodologia lean com nuvem era o caminho. O desafio era antecipar futuros problemas de escala para reduzir o ruído de um ambiente operacional desafiador e adquirir a capacidade de servir muito mais vezes do que os volumes de crescimento do nosso negócio. Não havia estratégia de lift and shift, nós construímos tudo do zero”, contou Almeida.

Já com a IBM, o Inter começou a construir toda a parte de pagamentos de contas e transferência bancária, com integração com o Banco Central do Brasil, usando o IBM MQ e o IBM Connect.

Isso, de acordo com o CTO, foi feito levantando e remodelando as ferramentas para encaixar perfeitamente com tudo que a nuvem da AWS tinha para oferecer.

“Nós pudemos reconstruir o nosso ambiente em qualquer cenário necessário de maneira mais rápida, fácil e com muito menos manutenção. Os ruídos foram embora e o super app roda como um motor afinado. Isso é performance, resiliência e escalabilidade”, avaliou Almeida.

Baseado 100% na nuvem, o aplicativo do Inter hoje tem 10 milhões de os diários, 2,5 mil microsserviços, recebe 1 milhão de ligações API por minuto e concentra quase 10% de todos os pagamentos instantâneos no Brasil. 

A cada mês, a instituição transaciona mais de US$ 20 bilhões e, a cada dia, são mais de 15 milhões de transações financeiras. 

O Inter tem origem em 1994, em Belo Horizonte, ainda com o nome Intermedium Financeira, que depois virou Banco Intermedium. A conta digital veio em 2015 e o nome Banco Inter, só em 2017.

No ano seguinte, a companhia fez um IPO na B3, a bolsa de valores brasileira, e, recentemente, migrou a base acionária para a Nasdaq, nos Estados Unidos.

Só no segundo trimestre de 2022, a instituição faturou R$ 1,5 bilhão, com lucro líquido de R$ 15,5 milhões. A empresa conta com mais de 4 mil colaboradores e está presente em 99% dos municípios brasileiros.

Além do Inter ser cliente da AWS e da IBM, o motivo das três marcas estarem juntas no palco foi para lembrar que, em maio, as duas gigantes de tecnologia am um acordo para desenvolver e entregar o Software as a Service da Big Blue primeiro em AWS. 

“Em alguns meses, muitas dessas ofertas de SaaS estarão disponíveis”, destacou a VP Ruba Borno.

O AWS re:Invent é o maior evento do ano da companhia de computação em nuvem da Amazon. Nesta décima primeira edição, a estimativa é de um público de 50 mil pessoas, entre clientes, parceiros, desenvolvedores e experts. 

Só do Brasil, cerca de 500 clientes e 100 parceiros participaram. No total, a conferência contou com mais de 1 mil atividades entre sessões, hackathons, bootcamps e workshops, entre outros. 

No mercado há 16 anos, a AWS tem mais de 200 serviços a partir de 96 zonas de disponibilidade em 30 regiões geográficas, com planos anunciados para mais 15 zonas de disponibilidade e mais cinco regiões da AWS na Austrália, Canadá, Israel, Nova Zelândia e Tailândia.

A companhia tem milhões de clientes, desde startups a grandes empresas e agências governamentais. 

No Brasil, a lista também conta com nomes como Agi, Itaú Unibanco, Grupo Boticário, BTG Pactual, C&A, C6 Bank e Cielo, entre muitos outros. A empresa está no país há 11 anos.

* Luana Rosales está acompanhando o AWS re:Invent, em Las Vegas, a convite da AWS.

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