
Nova empresa quer ser a "Embraer do Espaço". Foto: Depositphotos.
O governo Lula acaba de aprovar na Câmara dos Deputados o projeto que cria a Alada, uma nova estatal que deve explorar economicamente a infraestrutura e a navegação aeroespaciais.
A Alada, que está sendo vendida como a “Embraer do Espaço”, será uma subsidiária da NAV Brasil, outra estatal, criada durante o governo Jair Bolsonaro.
Na época da criação, a NAV tinha como meta implementar, istrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeronáutica destinada à prestação de serviços de navegação aérea.
Pelo que parece, o Brasil terá uma estatal para trabalhar a navegação aérea, aqui na Terra, e outra para a navegação aeroespacial, no universo afora.
A Alada ficaria responsável, por exemplo, pelos lançamentos da Base de Alcântara, no Maranhão.
Na explicação do Planalto, a nova Alada deve reduzir a dependência do Brasil de fornecedores estrangeiros, “especialmente para materiais que envolvem tecnologias sensíveis e que sofrem restrições para a exportação, por critérios políticos dos governos dos seus fabricantes”.
Segundo o projeto aprovado pelos deputados, a subsidiária poderá contratar pessoal técnico e istrativo por tempo determinado, por até 4 anos.
Um dos entusiastas da ideia é o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, o senador Marcos Pontes (PL-SP), para quem a nova Alada poderia faturar US$ 3 bilhões se capturasse a fatia de 1% do mercado global de lançamento de micro e pequenos satélites.
Pontes, que foi astronauta e deve saber algo do assunto (ou não, diriam seus críticos) tentou ele mesmo criar a estatal agora criada pelo governo Lula, tendo esbarrado na época nos planos de economia do ministro Paulo Guedes.