Guilherme Dias, CMO e cofundador da Gupy.
As empresas usuárias da plataforma de recrutamento da Guppy vão poder processar candidaturas usando o LinkedIn Recruiter, a ferramenta paga da rede social corporativa para seleção de profissionais.
Ou, se vocês preferem a versão técnica: a plataforma LinkedIn Recruiter será integrada com o Applicant Tracking Systems (ATS) da Gupy por meio do LinkedIn Recruiter System Connect (RSC).
"A integração do Recruiter System Connect com o nosso ATS torna nosso ecossistema de RH ainda mais completo, desbloqueando novas oportunidades de negócios e reforçando a posição de liderança da Gupy no cenário de HR Techs brasileiras”, afirma Guilherme Dias, CMO e cofundador da Gupy.
Vale destacar que o LinkedIn oferece esse tipo de integração para outras plataformas de ATS.
Na nota divulgando o novo acordo, a Gupy não informa quem são os outros clientes brasileiros do LinkedIn Recruiter.
A reportagem não tem notícia de outra HRTech brasileira integrada ao LinkedIn, e, em nota, a Gupy fala que o o reforça a presença da empresa “entre os principais provedores globais de ATS”, o que dá a entender que integração é coisa para poucos.
Mistérios à parte, o fato é que o uso da tecnologia do LinkedIn pode ter um grande impacto em processos de seleção, visto a importância que a tecnologia da Gupy adquiriu no Brasil.
Na nota, a Gupy fala em 100 mil pessoas contratadas mensalmente por meio da plataforma, colocando seu trabalho na luz mais positiva possível.
Mas isso não dá uma dimensão do impacto da Gupy, porque, como quem procura trabalho sabe, para cada seleção existem centenas ou milhares de candidaturas que não dão em nada.
Recentemente, a Gupy divulgou que havia 46 milhões de pessoas cadastradas na plataforma, usada por 3 mil empresas, incluindo grandes nomes como Ambev, GPA, Sicredi, Vivo, Cielo e Renner.
O outro lado da onipresença da Gupy é que uma parte importante dos usuários começaram a desenvolver uma certa má vontade em relação à empresa, que borbulha com alguma frequência nas redes sociais.
Parte das queixas tem que ver com a Gupy, outra parte deveria ter que ver com o uso que os clientes da Gupy fazem da tecnologia e uma parte é simplesmente uma expressão da frustração com toda a mecânica do processo de issão intermediado por plataformas digitais.
Para seu crédito, a Gupy tem lidado com as queixas de maneira aberta, fazendo promessas no sentido de melhorar a experiência de usuário, e, mais recentemente, nomeando uma executiva para focar exclusivamente na “experiência de pessoas candidatas”.
Matéria atualizada para esclarecer a relação entre a Gupy e o Linkedin.
Maurício Renner 284649
Editor at Baguete Diário