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Guto Antunes (Foto: LinkedIn)
O Itaú acaba de se tornar o primeiro banco tradicional do país a entrar para o mercado de criptoativos por meio da Íon, plataforma de investimentos da instituição, a partir da qual será possível comprar e vender ativos digitais, começando pelo Bitcoin e Ether.
Um aspecto que diferencia o Itaú de outras instituições como Binance, Nubank e BTG Pactual, que já oferecem o serviço, é o fato de que o banco fará a custódia dos ativos internamente.
Segundo revelou Guto Antunes, diretor do Itaú Digital Assets, à CNN Brasil, os clientes serão liberados de forma gradativa para comprar as criptomoedas com valor mínimo de R$ 10, livre de taxas. A formação de preços, por sua vez, será feita através de pools de liquidez, grupos de tokens bloqueados que facilitam a negociação eficiente de ativos.
A ideia é que o serviço se estenda futuramente para outros criptoativos, acompanhando a evolução regulatória do setor e do mercado de tokenização de ativos reais.
“Estudamos os dados do nosso cliente e sabemos que ele procurava principalmente esses dois criptoativos para investir. Em vez de lançar uma solução e depois correr atrás desses aspectos, nós nos envolvemos muito na agenda regulatória para explicar esse comportamento”, disse Antunes ao Valor Econômico.
Nos últimos tempos, muitas grandes empresas estão apostando na popularização das criptomoedas no Brasil.
Um caso talvez até mais chamativo que o Itaú, que no final das contas é um banco, foi da varejista Magazine Luiza, uma das maiores varejistas do Brasil, também ingressou no setor, com investimentos de entrada de R$ 1.
A novidade foi produto de um acordo com o Mercado Bitcoin, a maior plataforma de compra e venda de criptomoedas do país, que será responsável pela tecnologia e segurança dos processamentos.
Lançada em 2008, a Bitcoin foi a primeira criptomoeda do mundo e, atualmente, é a mais negociada. Hoje, estima-se que existam ao menos 9 mil tipos de ativos digitais globalmente.
E quantos brasileiros comuns vão querer comprar criptomoedas, para começar a conversa?
Segundo uma pesquisa feita em 15 países pela consultoria Consensys e a YouGov, empresa líder internacional de pesquisa de mercado baseada na internet, o Brasil é o segundo país do mundo com maior percepção sobre criptomoedas.
O levantamento apontou que 98% dos brasileiros já ouviram falar sobre moedas digitais e que 59% sabem o que são.
Júlia Facca 5t6q34
Repórter no Baguete Diário