
O hardware na lavoura. Foto: Pexels.
A John Deere, uma das maiores fabricantes de equipamentos agrícolas do mundo, espera obter 10% da sua receita com licenciamento de software até 2030.
A afirmação, que pareceria uma loucura há quem sabe 10 anos atrás, foi feita pelo CEO da John Deere, John May, em entrevista ao Wall Street Journal.
O motivo é simples: ao longo dos últimos anos, empresas como a John Deere começaram a embarcar software nos seus tratores, dotando os equipamentos de funções de direção assistida e uso inteligente de recursos como fertilizantes.
Isso é só o começo. A John Deere tem planos de conectar 1,5 milhão de máquinas a um centro de operações que coletará dados na nuvem sobre plantações, incluindo imagens de diferentes pragas.
A empresa acaba de comprar por US$ 250 milhões a Bear Flag Robotics, uma startup americana que permite transformar tratores em veículos autônomos.
As motivações são claras. Segundo dados de analistas divulgados pelo WSJ, a margem de lucro para software na área de agricultura é de 85%, frente a 25% do velho e bom “hardware”.