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Gustavo Fosse, diretor executivo de TI do Sicredi, durante o evento Mesas TI. Foto: SEPRORGS/divulgação.
O Sicredi, cooperativa de crédito gaúcha que hoje é um grande player no segmento financeiro em nível nacional, está tratando nada menos do que nove tecnologias como prioritárias atualmente.
As prioridades do Sicredi estão divididas em nove áreas: inteligência artificial, tokenização da economia, modelo de plataforma, agricultura 5.0, computação quântica, hiper personalização da experiência, cibersegurança, invisible banking e pagamentos instantâneos.
“A gente olha para o segmento e enxerga nessas tecnologias ou nesses processos os nossos pilares de desafios e de inovações. Mas nada disso é isolado, é uma coisa junto da outra para montar esse ecossistema”, conta Gustavo de Sousa Fosse, diretor executivo de TI do Sicredi.
Em relação à IA generativa, Processamento de Linguagem Natural (NLP, na sigla em inglês) e deep learning, o executivo conta que o maior foco recai sobre a governança, em como ter uma plataforma padrão para uso.
“Vamos cada vez mais estimular todos os 49 mil colaboradores a utilizar a AI. Porque tem ganho de produtividade, porque ela traz decisões às vezes mais certeiras. Mas como eu trago isso para que todo mundo use da mesma forma e com governança, sem expor dados? Só eu, na minha casa, uso três plataformas diferentes”, conta Fosse.
Já a computação quântica traz uma questão de segurança mais voltada para o futuro.
“É um assunto que a gente discute internamente e discute na Febraban. É uma grande preocupação mundial, de todo o mercado, todo sistema. Os países estão discutindo muito a velocidade que ela vai poder processar e a questão da quebra de criptografia”, explica Fosse.
Outro ponto que o Sicredi compartilha com o mercado é a tokenização, fazendo parte do núcleo DREx do Banco Central do Brasil, uma equipe responsável pelo desenvolvimento e implementação da moeda digital que será o equivalente ao real.
“Para pagamentos instantâneos, a gente também acompanha muito de perto a agenda do Bacen para se antecipar aos movimentos e estar preparado. Cada vez mais o nosso país está virando referência no nosso mercado”, destaca Fosse.
Em relação ao modelo de plataforma, a cooperativa aposta na arquitetura composable e tem o objetivo de se aproximar do low code e do no code nos desenvolvimentos.
“É o que a gente acredita que vai trazer agilidade nos nossos desenvolvimentos, nas nossas entregas, no nosso time to market, assim como qualidade, estabilidade e colaboração. Esse é o objetivo que a gente está começando porque gera uma segurança muito grande”, explica Fosse.
Outro alvo é a hiper personalização da experiência para um universo de 9 milhões de associados. A empresa já tem um time focado em levar uma experiência personalizada aos clientes que não querem ir a uma das suas quase 3 mil agências.
Na agricultura 5.0, o foco recai sobre drones, IA e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Já o termo invisible banking está ligado a open finance, open insurance e Enlightened Virtual Assistant (EVA).
Hoje, a área de tecnologia do Sicredi conta com 2,5 mil profissionais, sendo a maioria (75%) deles locados na região Sul do país. Outros 16% estão no Sudeste, 5% no Nordeste, 3% no Centro-Oeste e 1% no Norte.
Gustavo Fosse assumiu como diretor de TI do Sicredi há poucos meses, em dezembro de 2024. Experiente no meio financeiro, o profissional fez uma carreira de 34 anos no Banco do Brasil e, depois disso, ou por instituições como Santander, Cielo e NTT Data.