FUTURO

Rise deve ser aposta da SAP pelo menos até 2040 1z3w40

No Brasil, 314 clientes já adotaram o modelo comercial voltado para o S/4 Hana em nuvem privada. 4wm5y

18 de setembro de 2024 - 05:00
Rodrigo Susaki, VP de Rise with SAP e S/4 Hana da SAP Brasil. Foto: divulgação.

Rodrigo Susaki, VP de Rise with SAP e S/4 Hana da SAP Brasil. Foto: divulgação.

O programa Rise with SAP, voltado para a oferta do ERP S/4Hana em nuvem privada com uma camada de serviços, deve ser uma aposta da multinacional alemã pelo menos até 2040, quando termina a manutenção padrão do produto. 

“Muitos clientes perguntam se esse modelo comercial vai ser descontinuado e se a SAP vai inventar um novo. A resposta é não. Ele é o modelo em que a SAP acredita e vai continuar investindo pelos próximos anos”, esclarece Rodrigo Susaki, vice-presidente de Rise with SAP e S/4 Hana da SAP Brasil.

Lançado em 2021, o Rise tem como um dos seus principais objetivos migrar os clientes que já usam o SAP on-premise para a nuvem. No pacote, a companhia oferece o S/4 numa modalidade de subscrição, com direito de uso da infraestrutura para sustentar o ambiente, serviços de gerenciamento e atualizações.

No Brasil, 314 clientes já adotaram o modelo, mas a empresa não detalha quantos desses fizeram migrações, quantos são novos clientes ou qual é o seu tamanho. De acordo com o VP os segmentos financeiro e agro são os que têm adotado a oferta com mais velocidade.

“Nós temos visto uma ampla adoção desse modelo pelo mercado financeiro. O C6, o Nubank, o Bradesco, o Safra e o BTG, por exemplo, já adotaram a nuvem. Até porque esse tema da tecnologia e inovação é muito inerente ao DNA da indústria financeira. O agronegócio também foi um grande destaque no último trimestre de 2024”, destaca Susaki.

Globalmente, o maior cliente hoje hospedado nesse modelo é a Nestlé, com 22 terabytes sendo sustentados na nuvem. Outros parceiros e clientes como a Microsoft, a Accenture e a AWS também optaram pelo Rise.

No Brasil, o Bradesco tem uma base de dados de 6 terabytes e a Bradesco Seguros, que está no projeto de migração, vai ter uma base próxima de 12 terabytes. Na lista de grandes clientes que fizeram esse movimento localmente, também estão BRF, Bradesco, Votorantim, Natura, Eletrobras, Sabesp, Piracanjuba e Randon.

“Imagina a SAP chegar e falar para esses grandes clientes que vai descontinuar um modelo. Não faria muito sentido e traria uma grande decepção e prejuízo para os mesmos. Então não é a nossa intenção. A SAP vai continuar ando e investindo nesse modelo para os próximos anos, senão décadas”, afirma Susaki.

Sem abrir o número de clientes que ainda estão no ECC, versão on-premise do ERP. a empresa diz que tem a meta de migrar todos os clientes para a versão em nuvem até 2027, quando a alemã deixará de oferecer a manutenção padrão para o produto.

Entre 2027 e 2030, os clientes que continuarem no modelo on-premise terão custo adicional na manutenção. 

Depois de 2030, só terão a chamada customer specific maintenance, que corrige os problemas que já foram identificados sem corrigir novos problemas e entregar novas capacidades, novas funcionalidades ou novas obrigações legais.

“O nosso compromisso, especialmente na reforma tributária, um tema que está na agenda dos CFOs, é garantir que o S/4 estará pronto para isso. A gente não vai poder garantir isso no resto dos sistemas, focamos todo o nosso investimento e desenvolvimento na versão que vai seguir depois das datas que foram publicamente anunciadas”, destaca Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil.

Enquanto isso, concorrentes como a Rimini Street vivem de vender e terceirizado para clientes que não querem fazer upgrades. A americana já informou que vai continuar oferecendo e ao SAP ECC até 2039.

De acordo com o Susaki, a SAP não está colocando o custo adicional como uma penalidade pelo cliente não ter migrado para a nuvem. 

O custo da manutenção estendida seria um subsídio, pois a companhia tem que preservar essa manutenção por uma base residual de uma versão desatualizada, enquanto todos os novos investimentos são direcionados para inteligência artificial e para a nova versão.

“Além desse tema da manutenção, temos alertado sobre o desafio que esses clientes vão ter para adotar as novas capacidades que a SAP está entregando. A IA que a gente tem trabalhado não está disponível para o cliente do ECC, só está disponível para os clientes que estão na nuvem. Assim como as nossas soluções de sustentabilidade também dependem disso”, destaca Susaki.

De acordo com Cristina Palmaka, presidente da SAP América Latina e Caribe, a adoção está mais rápida em alguns países da região do que em outros. O Brasil, a Argentina e o Chile estariam mais ágeis, enquanto o México ainda tem mais conservadorismo.

“Eu estou bastante otimista com o avanço que a gente já fez. Então estamos comemorando, mas a gente sempre olha o que falta. E eu acho que o que falta vai caminhar de uma forma bem estruturada nos próximos meses”, projeta Palmaka.

Fundada em 1972, a SAP é líder global no mercado de softwares de gestão de empresas. Somente no segundo trimestre de 2024, sua receita atingiu globalmente mais de € 8,29 bilhões, alta de 9,8% em comparação com o mesmo período do ano ado.

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