Rolls-Royce aposta em impressão 3D em seus componentes. Foto: divulgação.
A Rolls-Royce, lendária fabricante de carros de luxo que também tem uma divisão de componentes para aviação, pretende testar tecnologias de impressão 3D para produzir peças para seus motores a jato.
Segundo informação do Financial Times, a medida da empresa inglesa servirá para agilizar a produção de componentes e fazer peças mais leves para os motores. Mesmo assim, segundo Henner Wapenhans, líder de tecnologia da empresa, o uso de impressão 3D abre novas possibilidades de design.
“Com este processo, não ficamos limitados ao uso de ferramentas para a criação de formas. Podemos criar peças com qualquer design que quisermos", afirmou o executivo, que acrescentou que a medida pode reduzir custos e peso com o uso de rebites, por exemplo.
Para ele, uma das grandes vantagens é o tempo em que um novo componente pode sair da linha de design para a produção final. No modelo tradicional, entre a criação de formas e ferramentas, o processo pode durar até 18 meses. No caso da impressão 3D, o tempo é bem inferior.
“Mesmo que leve, que seja, uma semana para imprimir, ainda assim é muito mais rápido", avalia.
Wapenhans não deu exemplos de quais partes deverão ser impressas, mas destacou que é mais uma questão de partes específicas que estão prontas para ser incluídas na produção final de motores, do que componentes maiores.
Com a decisão, a Rolls-Royce segue os os da americana General Electric, cuja divisão de aviação comprou duas empresas de impressão 3D para expandir o uso da tecnologia para a manufatura de peças.
Considerada por muitos especialistas uma das mais importantes tecnologias para o futuro, a impressão 3D rendeu US$ 2,2 bilhões em 2012, e, segundo a consultoria Wohlers Associates, deve saltar para US$ 6 bilhões até 2017.