
"A previsão é a chegada de muitas nuvens na região do Serpro". Foto: Divulgação/Globo.
A Receita Federal contratou o Serpro para atuar como integradora de diferentes nuvens por um valor total de R$ 13,6 milhões.
A contratação foi divulgada no Diário Oficial, onde a Receita explicou que fez a compra por meio de dispensa de licitação, uma vez que o Serpro é “tecnicamente a escolha mais adequada e mais vantajosa para a istração”.
A publicação não chega a trazer detalhes sobre a duração do contrato, ou quais as nuvens em cuja contratação o Serpro atua como intermediário, dentro do modelo conhecido no mercado como “cloud broker”.
As opções são várias. O Serpro vem fechando acordos com todos os grandes players de nuvem desde 2019.
A AWS foi a primeira a entrar, com um contrato de R$ 71,2 milhões ainda em 2019. Depois vieram Huawei (R$ 23 milhões), Microsoft (R$ 22,6 milhões). Oracle (R$ 41,5 milhões) e IBM (R$ 40,3 milhões).
As condições são sempre as mesmas: contratos de cinco anos, nos quais os valores fechados são apenas uma base, cuja concretização vai depender de quanto o Serpro vai efetivamente vender no final.
Todos os acordos são diretos, sem licitação, com base em uma dispensa prevista na Lei de Estatais.
O modelo de atuação do Serpro prevê a composição do preço final a partir de duas contas: a unidade de serviço de nuvem, pertencente ao parceiro, e a unidade de serviço técnico, que é a parte do Serpro na equação.
A decisão da Receita de dispensar o Serpro de licitação não chega a ser chamativa. A Receita é um dos principais clientes do Serpro desde a fundação da estatal federal de tecnologia, hoje a maior do país, ainda nos anos 60.
Tendo em conta os valores fechados com o Serpro com os diferentes fornecedores, no total de R$ 198,6 milhões, o contrato com a Receita é significativo, e pode ser apenas o primeiro de muitos.